resenha do filme carruagem de fogo
A competitividade é um traço inerente a toda a humanidade, mas poucos possuem a ânsia de serem os melhores em seus respectivos campos. É a combinação desse espírito ao talento e a fortes valores morais que gera os verdadeiros ídolos, aqueles que, mesmo que sejam superados por seus sucessores, serão lembrados para sempre por suas contribuições para o mundo.
Simplesmente vencer não importa. Diversos exemplos daqueles que conquistam vitórias vazias permeiam o mundo, seja por sua falta de garra ou mesmo por não zelarem por valores éticos, se tornando figuras apagadas ou mesmo infames. O que importa é sua paixão e moral ao competir. Essa é a lição do clássico filme “Carruagens de Fogo”.
Se passando no início do século XX, o longa retrata a luta real de dois atletas britânicos bem diferentes. Embora Harold Abrahams e Eric Liddell fossem ligados pelos seus talentos natos para correrem e pelas suas vontades de ferro, seus passados não poderiam ser mais diferentes.
Abrahams era um acadêmico judeu na prestigiada universidade inglesa de Cambridge, enfrentando os preconceitos dos diretores do lugar quanto à sua religião. Liddell, por sua vez, era um missionário católico escocês devotado, que acreditava que sua vocação cristã e seus dons para a velocidade eram dádivas divinas.
No entanto, o judeu e o católico dividiam a paixão pela velocidade. Em determinado ponto da fita, é dito que eles possuíam coragem no peito e asas nos pés, algo que descreve muito bem os dois. A coragem e o espírito olímpico de ambos foram repetidamente testados até que chegassem ao lugar onde provariam serem os melhores: as Olimpíadas de Paris, em 1924.
O objetivo dos dois não eram meras medalhas ou prêmios. Abrahams e Liddell lutavam para alcançar a glória de realizarem feitos impossíveis. De serem pessoas cujos feitos