Resenha do documentário - Milton Santos: O mundo global visto de cá
O boom da modernidade, o nascimento da globalização pelas plataformas de tecnologia, a revolução tecnológica, a partir do século XX, proporcionou ao mundo a possibilidade de uma nova visão de construção social, tanto no contexto global, e ainda, não menos importante, local. Logo, a segregação, em todas as suas formas, acompanhou este desenvolvimento excluindo um marjoritário setor da sociedade que não teve, e que perdura não tendo, acesso a todo esse desenvolvimento tecnológico e informativo, e hoje, midiático.
No documentário: Milton Santos - o mundo global visto do lado de cá, contempla-se a capatção do depoimento do intelectual, Bacharel em direito pela Univerdidade Federal da Bahia (UFBA) e Doutor em geografia pela Universidade Strasbourg (França), autor de 50 obras literárias, Milton Santos (1926-2001) sobre sua visão crítica a cerca da globalização mundial.
O termo globalização destrincha-se em fases, onde a mesma, segundo o documentário, possui seu início no Colonialismo, na época da ocupação das terras. Esta gera ao mundo, três tipos de visões: O mundo como nos fazem vê-lo, a Globalização como forma; o mundo tal como ele é, a Globalização como perversidade; e o mundo como ele pode ser, "A Globalização como outra globalização" (SANTOS, Milton).
Para um país que entrou às cegas no que denomina-se Modernidade, com a globalização iniciada pela conquista dos colonizadores e a fragmentação territorial, em 1500, o Brasil compartilha com grande parcela da humanidade a visão da globalização como perversa. A compreensão dessa visão vêm-se ao realizarmos uma conjuntura sobre Modernidade, Sistema Capitalista, Globalização, e a adaptação que a sociedade ainda passa sobre as organizações de trabalho que esse sistema impôs, onde como cita-se no documentário, a lógica financeira difere da lógica da solidariedade. A lógica capitalista, da mais-valia, não confabula com a lógica do coletivismo,