Resenha do Capítulo 14 do livro "Uma história dos povos árabes"
O capítulo 14 presente no livro “Uma história dos povos árabes” inicia sua discussão a partir de um tópico acerca da população e riqueza do império. Nesse tópico, a problemática se encaixa no concernente ao comércio primeiramente, onde o autor fala um pouco das rotas comerciais dentro dos países incorporados ao Império Otomano. Essas relações comerciais se baseavam, por assim dizer, em um ‘acordo de cavalheiros’ no sentido de formarem uma vasta área comercial sob a regência de uma mesma jurisdição legal e sob o mesmo controle burocrático, relações estas que criavam alguns ‘confortos’ para os comerciantes, tais como uma relativa segurança ao longo das rotas comerciais, ausência de taxas alfandegárias, ainda que tivessem de pagar alguns tributos locais.
Essa área ligava-se de um lado do Iran à Índia, sob o domínio dos Safávidas e Mongóis, onde havia uma estrutura de vida relativamente estável, e a chegada dos europeus ainda não perturbava as relações.
Ao longo dessas rotas comerciais, ainda circulavam os antigos produtos básicos do comércio internacional otomano, além de novos tipos de bens de grande valor. Até algum momento do século XVII, as especiarias ainda passavam pelo Cairo, porém, nesse período, os holandeses passaram a transportar algumas dessas mercadorias pelo Cabo da Boa Esperança.
Das várias características do Império Otomano, poder-se-ia destacar o Governo forte, ordem pública e o já citado comércio. O autor desenvolve também uma reflexão acerca do crescimento populacional experimentado a partir do século XVI, sobretudo após o período da Peste negra, mas também por outros fatores, o autor põe também a numerologia estimada de ascensão populacional de 50% no decorrer do século. Hourani traz também alguns dados numerológicos da população no final do século, porém com as falhas historiográficas já citadas em sala de aula, no sentido de não citar a fonte, pondo em dúvida, em um ponto de vista