Resenha do artigo A indomável arte de falar.
BROSCHART, Jurgen. A indomável arte de falar. Língua Portuguesa: conhecimento prático. Ed. 24. São Paulo: Escala Editorial, junho/2010.
Autor: Rebeca Cacho
O artigo, após a introdução, é dividido em cinco tópicos que são sempre iniciados com uma pergunta central. Na parte introdutória, Jurgen deixa evidente que ao estudar a linguística nos depararemos com culturas, línguas e gramáticas que não terão sentido lógico, tornando assim esse estudo algo “aventureiro”, como o próprio autor descreve. Explica que a diversidade é um sinal humano, exemplificando essa afirmação com a experiência de se aprender um idioma estrangeiro em que os adjetivos e verbos são tratados de formas diferenciadas daquelas as quais estamos habituados. Nesse momento, faz ainda uma pequena discussão sobre a forma como os linguistas veem essa diversidade, posto que enquanto cientistas, sua principal tarefa é identificar uniformidade entre os fenômenos idiomáticos. No primeiro tópico, a intenção é responder, ou pelo menos tentar, a pergunta acerca de quantas línguas são faladas no mundo, tendo como uma primeira resposta os números entre 6.000 e 7.000, não sendo possível uma exatidão por conta das descobertas que ainda hoje são feitas de povos e línguas desconhecidas. Outro fator que impede essa exatidão são as variantes de um mesmo idioma. Ainda nesse tópico, o autor nos traz o conceito de “recursividade”, ou seja “[...] quando se pode, indefinidamente, encaixar frases em frases, usando a mesma estrutura linguística.” (BROSCHART, 2010, p.3). Com isso, ele quis dizer que toda língua permite esse recurso, porém, apenas o ser humano é capaz de estrutura-lo. No segundo tópico, a pergunta abordada é a seguinte: “Todas as línguas obedecem às mesmas regras?” O autor começa respondendo que não de acordo com a gramática das línguas oriundas do Latim e do Grego, e que, em “culturas exóticas” estas são muito menos uniformes e que, por isso, é