Resenha do 2º capítulo do livro 'Fazer universidade - uma proposta metodológica'
Cipriano Carlos Luckesi (paulistano), Elói Barreto de Jesus (sergipano), José Cosma (italiano), e Naidison de Quintella Baptista (baiano) são radicados na Bahia. Todos foram professores de Metodologia do Trabalho Científico na Universidade Estadual de Feira de Santana, no entanto Elói Barreto de Jesus ainda atua na instituição.
Os autores iniciam o capítulo falando sobre o período de formação da universidade, que surge entre os séculos XI e XV. Seu surgimento se deu através da Igreja para consolidar sua ação política e religiosa e preparar os estudantes para o serviço religioso. Os debates em sala, que se iniciaram nesse período, eram mediados pelos professores, que também garantiam os valores e as ideias da Igreja e apresentavam eventuais conclusões. O conhecimento nessa época era centralizado e se baseava, principalmente, em três áreas: fé, religião e Filosofia.
Durante a Idade Moderna, período marcado pela revolta da burguesia contra a ordem medieval, a ciência moderna se desenvolveu; o conhecimento foi diversificado e fragmentado. No entanto, os resquícios autoritários do modelo vigente não permitiram profundas mudanças. Esse modelo só foi reformulado no Século XVIII, com o surgimento do Iluminismo que questiona essa realidade. A criação da Universidade de Berlim, em 1810, representa o marco dessa transformação. A universidade moderna é entendida como um centro de pesquisa, preparando o homem a estudar a ciência, desenvolver a ciência e a produzir ciência.
No Brasil, ensino superior foi implantado em 1808, com a criação da Faculdade de Medicina da Bahia. Até então, os estudos superiores no Brasil eram proibidos por Portugal, que colonizava o país; os luso-brasileiros estudavam nas universidades europeias, principalmente em Coimbra (Portugal). A criação das universidades no país, substituindo as