Resenha - detecção de capivaras
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÕES: UMA FERRAMENTA PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL
A Análise de Viabilidade de Populações - AVP torna-se interessante frente aos diversos impactos de origem antrópica que podem aumentar consideravelmente as taxas normais de extinção. Determinar quais são as condições mínimas para a persistência em longo prazo e adaptações de uma espécie e/ou população em um determinado local é um dos mais difíceis e desafiadores problemas em biologia da conservação. Assim, surge AVP, tendo como foco predizer o futuro estado de populações silvestres baseada em parâmetros demográficos, ambientais e genéticos, através de modelagem computacional, incitando uma importante abordagem interdisciplinar, sintetizando o estado do conhecimento sobre a espécie e/ou área de estudo. A AVP é uma ferramenta útil e robusta, mas como qualquer ferramenta, ela possui pontos fortes, fracos e limitações. Existem diversos tipos de ameaças à viabilidade de populações. Alguns processos levam populações grandes e contínuas a se tornarem menores e subdivididas. Estes processos foram denominados vórtices de extinção e seu estudo constitui a base da maioria das AVPs. Esses processos estão relacionados a: estocasticidade demográfica (variação aleatória nos números de nascimentos, mortes, estrutura etária e razão sexual em uma população); estocasticidade ambiental (variação em taxas demográficas resultantes de flutuações naturais do ambiente); estocasticidade genética (perda da variabilidade genética de populações pequenas ocasionadas pela redução de aptidão devido à depressão endogâmica e a perda de diversidade genética devido à deriva gênica); Perda de flexibilidade evolutiva (reflete a perda da habilidade de uma população em responder adaptativamente à mudanças ambientais futuras devido à perda de variabilidade genética); Instabilidade metapopulacional (a conectividade pode influenciar negativamente em populações pequenas,