resenha de " vida para consumo"
A introdução do seu livro “Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria”, vem afirmar a mudança da sociedade de produtores para a sociedade de consumidores, onde a subjetividade desses consumidores é feita de opções de compra. Com essa idéia, Bauman utiliza um cogito de Descartes para fazer uma sátira a essa sociedade de consumidores “Compro, logo sou...um sujeito".
O autor salienta que nesta sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem antes virar mercadoria, ou seja, a subjetividade do sujeito concentra-se num esforço sem fim para ele próprio se tornar e permanecer uma mercadoria vendável. Para comprovar isto Bauman apresenta três casos escolhidos em um jornal ao acaso, aparentemente, distintos. O primeiro caso trata da exposição exagerada nas redes sociais. O artigo fala sobre os colegiais de ambos os sexos que, abrindo mão da sua vida privada, publicam nas redes sociais, diariamente, suas qualidades e sua agenda cotidiana na esperança de obter a aprovação e assim continuar no "jogo da sociabilidade" (BAUMAN, 2008, p.12).
O segundo caso trata sobre o software usado em atendimento de call center, que realiza uma triagem do cliente, selecionando aqueles que possuem maior probabilidade de render lucros à empresa para serem atendidos mais rapidamente e por um atendente mais experiente.
O terceiro caso trata sobre um sistema de imigração britânico que seleciona os melhores e mais inteligentes através de um sistema de pontuação. Este sistema de imigração está presente também na maioria dos países, para