Resenha de Texto

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Inclusão
Disciplina de Oficina de Projetos e Métodos de Pesquisa

Anna Carolina Ordobás

Resenha do texto “Um discurso sobre as Ciências” de Boaventura de Souza Santos

Porto Alegre, outubro de 2009.

Apresentarei inicialmente um breve comentário sobre os três aspectos principais apresentadas por Boaventura Santos em seu livro Um discurso sobre as ciências, intitulados “O Paradigma dominante”, “A crise do paradigma dominante” e “O Paradigma emergente”, seguido de posições criticas em relação ao texto. Boaventura inicia demarcando-nos em um tempo de transição em termos científicos, ressaltando que se trata de um momento ambíguo e complexo. Para tanto devemos nos reportar a questionamentos simples, porém fundamentais, como “perguntar pelas relações entre ciência e virtude, pelo valor do conhecimento dito ordinário ou vulgar que nós, sujeitos individuais ou coletivos, criamos e usamos para dar sentido às nossas práticas e que a ciência teima em considerar irrelevante [..] e temos finalmente de perguntar [...] pelo contributo positivo ou negativo da ciência para a nossa felicidade”. Dessa forma, o autor apresenta um panorama do paradigma dominante. A chamada Ciência Moderna tem sua origem na seqüência da revolução científica do século XVI, com domínio das ciências naturais. Este modelo apresentava uma descrença nos conhecimentos de nível do senso comum, as respostas somente poderiam provir de observações rigorosas, metódicas e controláveis, o “rigor científico”, obtido através do uso da lógica matemática, da quantificação dos fatos. Utilizando-se do uso da lógica matemática era possível manter uma previsibilidade dos fatos, “o mundo da matéria é uma máquina cujas operações se podem determinar exatamente por meio de leis físicas e matemáticas” esse determinismo mecanicista provocou na época uma grande confiança