Resenha de texto sobre o SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) como temos hoje é fruto de um longo processo, durante o qual houve grandes transformações. Pode-se começar essa história com os avanços nos sistemas de Previdência Social no Brasil, que muitos autores consideram criado pela Lei Eloy Chaves, 1923. Inserindo-se no modelo da saúde, nessa década, na qual foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública, o modelo previdenciário garantia assistência médica, sendo organizados, inclusive, serviços próprios de saúde. Além disso, surgiu o “sanitarismo campanhista”, com um estilo repressivo de controle de doenças em massa, nascido da Reforma de Chagas.
As Revolução de 30 tem seu impacto no sistema previdenciário, havendo redução da prestação de serviços de saúde, que deixam de ser uma atribuição, passando a ser concessão. Nessa década o sanitarismo campanhista tem seu auge. Em 1937 é criado o primeiro órgão de saúde de dimensão nacional, que é seguido por vários outros. O Departamento Nacional de Saúde sofre mudanças no período de 1938 a 1945, 1942 é criado o Serviço Especial de Saúde Pública.
Na década de 60 há crescimento dos gastos da Previdência, garantido-se por ela assistência sanitária e médica aos segurados, porém esse avanço não tem bases financeiras e contribuição a ser paga é aumentada. Em 1966 nasce o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), com crescimento dos serviços médicos realizados por ela. O sanitarismo desenvolvimentista correlaciona saúde com desenvolvimento econômico. Já na década de 70 a cobertura da Previdência é aumentada pelo Estado e os gastos com assistência médica aumentam, entretanto as medidas de saúde pública são negligenciadas. Nasce a medicina de grupo, baseando-se no convênio entre INPS e empresas que posteriormente culmina no subsistema de atenção médica supletiva (na década de 80). Atenção médica passa a ser tratada pelo setor privado, enquanto a saúde coletiva é responsabilidade do setor estatal.
Ainda em 70