Resenha de "Sociedade dos Poetas Mortos"
Em um colégio interno inglês nos anos 1950 onde não considera-se coerente formar pensadores, um novo professor de literatura, Mr. Keating, inspira sua turma ao lembrar-lhes que nunca é tarde demais para buscar um novo mundo.
Tornando-se o Capitão para sua classe, apresenta-os ao conceito de carpe diem, ideal arcadista que significa “aproveitar o dia”. Ele cita “apanha os botões de rosa enquanto podes” pois amanhã seremos pasto para vermes.
Knox apresenta a característica “idealização da mulher amada” do neoclassicismo ao apaixonar-se por Chris depois de vê-la apenas uma vez.
Despertando agora o interesse de seus alunos, Mr. Keating mostra que não podemos tratar a poesia como as exatas. Ela pode surgir de temas simples e jamais vulgares, o que remete ao arcadismo pois, reagindo à pompa e à seriedade barrocas, cultivava graciosidade, levesa e simplicidade.
O professor acrescenta “poesia, beleza, romance, amor: são o que fazem a vida valer a pena”. Encontramos aqui a ideia de inutilia truncat, que seria “cortar o inútil”.
Apaixonados pela ideia de fugir do rígido ambiente escolar para deixar poesia gotejar de suas bocas como mel (ligado a ideia do fugere urbem, “fugir da cidade”), um grupo de amigos restaura a Sociedade dos Poetas Mortos. Eles reúnem-se a noite em um gruta, que seria o “lugar ameno” deles (locus amoenos) para ler poemas.
O pastoralismo setecentista aparece principalmente com o uso da flauta e do tambor pelos membros do clube, além da valorização da natureza ao escolher uma gruta como local de suas reuniões.
Assim como os escritores neoclassicos usavam pseudônimos com frequência, o membro Charles Dalton adota o nome “nuwanda”.
O carpe diem pode ser encontrado também na abertura de todas as reuniões do clube que dizia “Fui para os bosques viver de livre vontade. Queria viver profundamente e sugar todo o tutano da vida, para aniquilar tudo o que não era vida, e para que, quando morrer, não