Resenha da obra Ouvir Contar: Textos em História Oral
ALBERTI, Verena. Ouvir Contar: Textos em História Oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.
Verena Alberti é formada em história pela Universidade Federal Fluminense, mestre em antropologia social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutora em teoria da literatura pela Universidade de Siegem, Alemanha. Coordenadora do Programa de Historia Oral do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas (Cpdoc/FGV) e presidente da Associação Brasileira de Historia Oral (ABHO) no biênio 2002-2004, publicou Manual de História Oral (1990; 2.ed.2004) e O riso e o risível na história do pensamento (1999; 2. ed. 2002).
A obra, composta de 194 páginas, é dividida em oito capítulos.
Os cinco primeiros capítulos do livro descrevem reflexões de natureza teórica e metodológica, enquanto os três últimos, de caráter empírico, sobre três personagens diferentes, Evandro Lins e Silva, Afonso Arinos de Melo Franco e Fernando Pessoa.
Mesmo com os avanços na história oral, ainda surge polemica entre os historiadores. Muitos só conseguem perceber a aceitar seu uso na falta de outro tipo de documentação como recurso extremo. O livro busca contribuir para o aprofundamento da abordagem histórica e pela ampliação dos horizontes e possibilidades da história como conhecimento socialmente válido e útil.
A autora afirma na sua introdução que o livro é uma condensação de suas reflexões sobre história oral. Destaca que ainda que se trate de uma coletânea, o livro como um todo pretende transmitir determinadas idéias, tendo como centro a de que a história é uma construção. O primeiro capítulo “O lugar da história oral: o fascínio do vivido e as possibilidades de pesquisa”, expõe as possibilidades de produção de conhecimento oferecidas pela historia oral e o fascínio exercido pela vivacidade do passado contido nas fontes orais. Afirma que a combinação entre o vivido e