RESENHA CRÍTICA: O REAL DO ANALISTA
1930 palavras
8 páginas
O texto aborda a polêmica que existe entre ou psicanalistas sobre a interação paciente-analista, que permeia o curso da análise, através do fenômeno de transferência e contra-transferência, levando em conta a pessoa real do terapeuta, com seus atributos físicos e emocionais, e o quanto isso exerce uma importância no desenvolvimento do processo analítico. Duas posições se variam, uma fala que as eventuais falhas na atitude analítica se devem as áreas do analista que não foram suficientemente resolvidas, ou é uma inevitável manifestação da contratransferência. Para esses autores, o vínculo analítico se mantém inalterável em sua essência, variando pela capacidade do analista de manejar seus sentimentos transferenciais e reações contratransferenciais. As falhas sempre se devem por uma falta de análise pessoa. A outra posição fala que a pessoa real do analista empresta uma característica singular, especial, para cada paciente em particular, e que isso por si só funciona como um importante fator para o sucesso ou fracasso da análise. O autor, que se fundamenta em sua experiência pessoal, se integra na segunda corrente. Usa os argumentos de alguns autores, como o trabalho de psicanalistas norte americanos que pesquisaram durante anos o que dominaram de match (encontro), que usa o conceito de que indo além dos fenômenos transferenciais e contratransferenciais, as características reais de cada um do par analítico, determinam uma decisiva influência no curso de qualquer análise. Ou seja, essa pesquisa mostra que o mesmo paciente, analisado por dois diferentes psicanalistas de mesma competência e corrente, reage de forma muito diferente a cada terapia. A evolução da análise em grande parte depende da peculiaridade do encontro analítico. O autor compara esse efeito ao do encontro amoroso, onde uma pessoa cortejada por diversos pretendentes, cria maior afeição por um, como uma ‘‘química especial’’. Zimerman então estabelece uma distinção entre dois significados que a