resenha crítica: O ponto de mutação

O filme “Ponto de Mutação” leva a questionamentos sobre o mundo contemporâneo, abordando diversos assuntos como política, ecologia, tecnologia e futuro da humanidade na visão de três personagens que se encontram no castelo medieval de Saint Germain, na França: Sonia, uma cientista norueguesa, Jack Edwards, senador norte americano e ex à presidência dos Estados Unidos da América derrotado nas eleições e seu amigo, o poeta Thomas Harriman. Ali eles discutem suas idéias a respeito desses temas variados, cada um do seu ponto de vista, levando o espectador à uma profunda reflexão das mudanças ocorridas ao redor do mundo. O filme traça uma linha do tempo histórica da humanidade, com foco no desenvolvimento do pensamento científico, a partir do século XVII na Europa até os dias de hoje, ressaltando as análises positivas e principalmente negativas da produção científica, ao abordar, por exemplo, o conflito dos princípios das ciências, que no geral são criadas pensando em resolver problemas imediatos com foco no poder e lucro. Jack e Thomas discutiam sobre como o homem se desligou da natureza transformando tudo muito mecânico. Eles olhavam um imenso relógio, com todas suas engrenagens, quando Sonia entra na conversa, e apresenta sua teoria de que o homem enxerga o funcionamento do mundo como uma máquina com partes operando separadamente, cada uma uma engrenagem, e não o contrário e a partir desse pensamento, os personagens entram em discussões e reflexões que começam em Descartes e vão até Física Nuclear e quântica. Os problemas políticos e sociais da humanidade, gerados por este pensamento científico imediatista, e soluções para eles também são abordados no filme. Porém tal abordagem não é feita encima de problemas específicos. Uma das ideias apresentadas tanto por Sonia quanto por Jack, é que os problemas são interconectados, o que faz com que se tornem consideravelmente difíceis de serem resolvidos. Resolver um problema pode provocar