resenha crítica "a revolução dos bichos"
Poder X Palavra
Em um mundo onde a ambição humana é visível, George
Orwell aplica essa “qualidade” ao mundo dos animais.
O livro “A Revolução dos Bichos” de George Orwell (Editora Globo, 2006) disserta sobre o poder na mão das pessoas e o quanto isso interfere na hierarquia de uma fazenda, antigamente administrada por um homem expulso por seus animais. Trata-se de uma fantasia sobre animais que começam a fazer coisas de humanos (ás vezes sem perceber), mesmo tendo ódio de tudo aquilo que anda sob duas pernas - excluindo as aves e tudo aquilo que têm penas -.
Inserido no tema do Totalitarismo, essa obra mostra a postura de uma autoridade (no caso o porco Napoleão) que passa por cima de tudo e todos para conseguir o que quer, manda em todos e faz com que os seus ingênuos seguidores acreditem em suas palavras. Essa ingenuidade faz com que os Sete Mandamentos (1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo; 2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo; 3. Nenhum animal usará roupas; 4. Nenhum animal dormirá em cama; 5. Nenhum animal beberá álcool; 6. Nenhum animal matará outro animal; 7. Todos os animais são iguais) sejam mudados conforme a vontade de Napoleão. Um porco chamado Garganta era uma espécie de porta-voz do líder, que sempre conseguia mudar o pensamento dos bichos distorcendo os fatos e se aproveitando dos lapsos de memória que os mesmos ainda têm do tempo em que Bola-de-Neve (porco antecessor de Napoleão, expulso da fazenda por motivos cada dia diferentes) ainda comandava a Granja dos Bichos.
Antes de Napoleão virar o líder, Bola-de-Neve era o porco que comandava e que fez os Sete Mandamentos, parecia fazer de tudo para levar a Granja adiante. Mas por pura inveja Napoleão faz com que ele seja expulso da fazenda. Ao virar líder, Napoleão dá a entender que todas as boas ações que Bola-de-Neve fez foram ideias roubadas, desmerecendo tudo que havia feito e deixando os animais muito confusos, sem saberem em quem