Resenha critica do livro 'A revolução dos Bichos'

ORWELL GEORGE. A revolução dos bichos. (Título original, Animal Farm, EUA.) São Paulo: Círculo do Livro, 1945. 135 páginas. Mais do que uma fábula, A revolução dos bichos representa a opressão que sofremos diariamente. Em borá o autor assemelhe animais a figuras da Revolução Russa- 1917, como Stálin e Trotsky, também é fácil contextualizar com o momento atual, em qualquer lugar eu seja lido. Os animais da Fazenda do Solar sofriam com a displicência do fazendeiro, e nas palavras do Velho Major, encontraram a solução. Segundo o porco, qualquer animal poderia ter autonomia, contanto que afastasse o Sr. Jones da administração, alguns dias depois, o porco faleceu de causas naturais. Análogo ao mundo real, os animais representam a insatisfação do povo com a atual política. Incentivados por pessoas anônimas que diretamente ou indiretamente, ‘botam lenha na fogueira’, mas que por vezes acuam-se no trajeto até a Revolução. Orwell atribui esse papel ao Velho Major, por sua rápida passagem na fábula, fazendo despertar nos demais o patriotismo animal. Após, Bola de Neve e Napoleão titularam-se líderes, dando sequência à missão, que culminou no destrono do Sr. Jones, seguido dos mandamentos animalistas: ‘’1º - O que andar sobre duas pernas é inimigo; 2°- O que andar sobre quatro pernas, ou tiver asas, é amigo; 3°- Nenhum animal vestirá roupas; 4°- Nenhum animal dormirá em cama; 5°- Nenhum animal beberá álcool; 6°- Nenhum animal poderá matar outro; 7°- Todos os animais são iguais; ‘‘. O hino Bichos da Inglaterra vibrava na garganta dos revolucionários, mas enquanto Bola de Neve ocupava-se em resolver os problemas da Granja, Napoleão cobiçava o poder absoluto. E, em razão dessa ganância, expulsou seu ‘camarada’, e garantiu que a imagem do mesmo fosse denegrida o quanto antes. A hierarquia imposta deixa claro que pessoas (porcos), que gritam mais alto, assumem cargos mais elevados, embora não estejam qualificadas para tal, mas certos de que, dando