Resenha crítica "A colonização do Imaginário"
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS.
A COLONIZAÇÃO DO IMAGINÁRIO
- Serge Gruzinski-
RESENHA CRÍTICA
Karina Cabral Silveira
Período: Vespertino
Nº USP: 7620384
América Colonial – Rafael Marquese
Resenha crítica:
Gruzinski, Serge. “A colonização do imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol. Séculos XVI – XVIII”. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
1.CREDENCIAIS DO AUTOR
Serge Gruzinski nasceu à Tourcoing em 1949. É historiador, paleógrafo formado pela École de Chartes, professor na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), curador do Museu do Quai Branly, de Paris. Ao descobrir um fascínio pela cultura mexicana, ele muda completamente o foco de suas pesquisas, que eram voltadas para o norte da França (Flandres). Passa a escrever uma tese com o nome de ‘O processo de aculturação do México Colonial’, com a orientação do professor François Chevalier, de Paris I, que era pioneiro em pesquisa econômica sobre esse período no país.
A idéia inicial era fazer um trabalho de cunho cultural, articulando arqueologia, história dos índios, a colonial e antropologia. Para tal, foram necessários dois anos de pesquisa em arquivos romanos, um ano em Sevilha antes de chegar à Casa Velazquez. Oito anos passados no México geraram depois o livro analisado nesse trabalho: A colonização do imaginário, que era ainda uma redução da tese original escrita por ele.
2. A OBRA EM PERSPECTIVA
O livro é iniciado por um Prefácio à edição brasileira, escrito por Beatriz Perrone- Moisés - professora do departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo-, e depois uma Introdução. O autor segue no decorrer do livro uma ordem cronológica dos acontecimentos nas sociedades indígenas no México espanhol, apresentados sete capítulos que são: A pintura e a escrita, Memórias de encomenda, Os