Resenha crítica sobre o artigo: “Línguística e Ensino da Língua Portuguesa como Língua Materna”, de Rodolfo Ilari
Resenha crítica sobre o artigo: “Línguística e Ensino da Língua Portuguesa como Língua Materna”, de Rodolfo IlariAluna: Naiara Figueiredo
Rodolfo Ilari é um renomado Linguista brasileiro, professor na Unidade de Estudos da Linguagem da Unicamp, graduado em Letras Neolatinas Português e Francês pela Universidade de São Paulo (1967), mestrado em Linguística pela Université de Besançon (1971) e doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1975). Publicou livros voltados para o ensino de graduação em linguística, além de diversos artigos, sobre um dos quais tratará esta resenha.
Através dos seis artigos contidos na obra “A Lingüística e o Ensino da Língua Portuguesa”, Rodolfo Ilari busca demonstrar como uma ciência tão nova influenciou a mudança e aprimoramento do ensino da língua portuguesa em nosso país.
Como ponto inicial, Ilari apresenta-nos ao pensamento inovador de Joaquim Mattoso Câmara, quando em 1957, afirmou que muitos dos problemas enfrentados por professores da língua portuguesa em sala de aula não se tratavam da incapacidade dos alunos em aprender, mas mostravam uma série de interferências sofridas pela língua falada no contexto social da época, em que se iniciava a “democratização do estudo”, trazendo alunos de classes mais baixas para salas de aula que costumavam ser apenas de turmas elitizadas.
Desde a introdução deste pensamento até nossos dias – pouco mais de 50 anos - a evolução da lingüística no país é notável, pois as pesquisas concernentes ao campo da linguagem deixaram de ser tarefa apenas dos filólogos e gramáticos, dando lugar aos lingüistas; impulsionou debates entre diversas orientações teóricas, incentivando novas pesquisas, modificando, assim, a forma de se estudar a língua e, então, a lingüística torna-se a base para assimilação de diversas teorias sobre os fenômenos da língua.
Até a década de 1960, a filologia e a gramática ainda ocupavam papel