Resenha crítica sobre os brics e a proliferação nuclear
O tema da proliferação nuclear, desde a invenção das armas nucleares, vem cada vez mais se tornando proeminente no cenário internacional, abrangendo áreas de grande importância nas relações entre os países, como a área de segurança, de cooperação, de regimes e instituições, de desenvolvimento, de política externa, de economia, entre muitas outras mais. A complexização do Sistema Internacional tem sido uma grande catalizador dessa importância estratégica do tema nuclear nas relações internacionais. Novas preocupações, como a proliferação de armas nucleares para grupos não estatais terroristas, ou para Estados internamente instáveis e/ou inseridos em contextos com precariedade de equilíbrio, tornam o assunto cada vez mais polêmico e perigoso.
Atualmente, a questão do desenvolvimento de energia nuclear pelo Irã, e as discussões a cerca das reais motivações que estariam atreladas em tal desenvolvimento são um dos pontos mais polêmicos de tal discussão, já que envolve interesses diversos de diferentes atores, inclusive no que diz respeito à segurança e ao equilíbrio internacionais com um todo.
O físico José Goldemberg, em seu texto “O TNP e o Protocolo Adicional”, busca fazer uma análise crítica da relação dos países com o Tratado de Não Proliferação (TNP) e seu protocolo adicional e das possíveis implicações da adesão ou não em tal regime.
Goldemberg inicia o artigo com um pequeno histórico da criação do TNP. Sendo este, segundo o próprio autor, resultado de uma barganha diplomática entre os países detentores de armas nucleares, que se comprometiam a reduzir progressivamente seu arsenal nuclear, e os países não detentores de armas