Resenha crítica dos capítulos 3 e 4 da obra globalização: as consequências humanas de zygmunt bauman
GLOBALIZAÇÃO: AS CONSEQUÊNCIAS HUMANAS
DE ZYGMUNT BAUMAN
Zygmunt Bauman é professor emérito da Universidade de Leeds e Varsóvia. Um dos temas principais que suas obras abordam é a globalização e suas consequências em relação às suas transformações e às mudanças trazidas para a vida das pessoas. Suas obras estão entre as mais importantes da sociologia moderna. Neste livro, Globalização: As Consequências Humanas, o autor trabalha os mljais diferentes enfoques dados a este tema, porém vamos nos ater à análise dos capítulos 3 e 4, “Depois da Nação Estado, o quê?” e “Turistas e Vagabundos”, respectivamente. No capítulo três é descrita a nova divisão entre Estado e economia, que é exemplificada com os deslocamentos de empresas da Europa para a Ásia, Europa Oriental e América Latina. Em busca de diminuição de custos, de mão-de-obra barata e com o aumento cada vez maior da tecnologia, as chamadas multinacionais espalham-se pelo mundo. Essas empresas podem demitir um grande número de pessoas de diversas localidades sem sofrer prejuízos econômicos, deixando para o Estado as futuras consequências, como, por exemplo, o desemprego. É difícil imaginar, no contexto atual, um país que consiga sobreviver sem estar inserido no mercado econômico global. Não parece possível governar apenas a partir de ideologias políticas e interesses soberanos da nação. Cada vez mais o Estado, e com isso a relação entre países, torna-se condicionado ao fator econômico. Em função da criação e manutenção de processos que mantenham a estabilidade financeira e econômica, muitos países adotam as regras básicas de livre comércio, políticas especulatórias, capital global. As transnacionais de hoje têm liberdade para realizar manobras econômicas que tornam o Estado um mero espectador. De todo poder e autoridade do Estado, só restaram ferramentas básicas de manutenção dos interesses das grandes organizações empresariais. Isso gerou o que Bauman chama de uma