Resenha crítica do livro orgulho e preconceito

“Orgulho e preconceito”, uma das mais famosas obras da literatura mundial, retrata a história dos Bennet, típica família burguesa da Inglaterra do século XVIII, época em que o casamento era sinônimo de negócio, representando uma tábua de salvação para as mulheres adquirirem respeito na sociedade e garantia de um futuro abastado. Jane Austen atribuiu brilhantemente o nome “Orgulho e preconceito” à sua obra meditando, dessa forma, como as primeiras impressões, as idéias apressadas que construímos sobre os outros, acabam, muitas vezes, por destruir as relações humanas, além de mostrar como o amor é capaz de superar barreiras de orgulho e preconceito e a diferença social.

Logo na primeira página, o caráter e a personalidade do Sr. e da Sra. Bennet são logo definidos : O Sr. Bennet era um mistura tão extraordinário de petulância, sarcasmo, reserva e capricho que a experiência de vinte e três anos não bastara, ainda, para a mulher compreender o seu caráter. Por outro lado, a mentalidade dela era bem menos difícil de revelar. Tratava-se de uma mulher de inteligência medíocre, cultura rudimentar e temperamento incerto cuja principal ocupação de vida era organizar bailes, com o fito de procurar cinco noivos para as filhas, de preferência com muitas posses, e o seu passatempo preferido, as visitas e as fofocas. O retrato da família Bennet prossegue com a apresentação das irmãs mais novas: Lydia, cuja infantilidade e teimosia a tornam numa jovem praticamente indomável; Kitty, pouco mais velha do que Lydia, é extremamente influenciável, chegando a tornar-se, às vezes um tanto inconveniente. Ambas as irmãs mais jovens são alvo da ironia sagaz do pai, à qual Kitty se mostra sensível, embora se refugie freqüentemente no papel de vítima, enquanto que Lydia se mostra totalmente indiferente, não só devido ao feitio arrogante, mas também a um certo grau de insensibilidade. O pedantismo de Mary é, por seu lado, violentamente atacado pelo sarcasmo incessante do pai que