Resenha crítica do filme "Madame Satã"
Discriminação social, racial e homoafetiva é o que cerca o filme Madame Satã, João Francisco dos Santos (Que mais tarde fica conhecido como Madame Satã), interpretado por Lázaro Ramos, é um boêmio da Lapa (RJ), artista transformista, pai adotivo, exímio capoeirista e representava tudo de mais abominável pela sociedade na época.
Filme feito em 2002, pelo diretor e roteirista Karim Ainouz, e a história se passa no ano de 1932, onde a sociedade da época era extremamente machista e preconceituosa. Período marcado por uma enorme exclusão social e de instabilidade política e social.
Os personagens principais são: Laurita (Interpretado pela atriz Marcela Cartaxo), uma prostituta, mãe e “esposa” do João Francisco dos Santos. Tabu (Interpretado pelo ator Flávio Bauraqui), que pode ser considerado “cúmplice” das traquinagens e roubos de Madame Satã.
Os três mais a filha de Laurita, a Firmina, moram juntos na casa da Madame Satã como uma família. João cria Firmina como sua filha, é o chefe dessa família disfuncional e totalmente fora dos padrões da época, de três indivíduos negligenciados. Ele ao mesmo tempo em que sustenta uma relação de carinho por eles, assume o papel de “pai rígido”.
Sem dúvidas, o aspecto mais marcante é a sexualidade latente e sem puderes exposta no filme.
Madame Satã era um ícone da Lapa, considerado uma figura mitológica. Como se a Lapa da época vivesse e fosse representado por ele. (A Lapa é conhecido como o ”berço” da boêmia Carioca, Ficou famosa nas décadas de 1920 e 1930 por seus cabarés, clubes de jogo, restaurantes, botequins.) Como disse em uma entrevista ao jornal O Pasquim, em 1971: “Enquanto eu for vivo, a Lapa não morrerá.” Tinha uma personalidade extremamente irônica e extrovertida.
Ele dizia não levar desaforos para casa, dessa forma se metendo em incontáveis brigas. Assim então, sendo preso inúmeras