Resenha crítica do filme “eles não usam black tie”
Por Clara Ribeiro
O filme nos conta sobre a fase de crescimento e consolidação das lutas de classe. Os movimentos sociais tiveram inicio devido a crise da ditadura militar, fase em que se fortaleceu os sindicatos. Depois da década de 80 os movimentos sociais se firmam com o movimento sindical. O filme acontece em meio a um processo de transição do regime militar para a reabertura das eleições diretas. Período de greves e movimentos de lideranças sindicais em São Paulo, greve operária, de reivindicação por melhores salários, condições dignas de trabalho e narra o embate entre Otávio, ligado às lideranças do movimento sindical, que inclusive já passou alguns anos na cadeia devido à militância política durante a ditadura, adere à greve mesmo contrariada com a decisão da categoria, que parece precipitada devendo ainda alguns pontos para ser fortalecida. Isso dividiu a categoria: uma parte liderada por Otávio, pai de Tião, e seu companheiro de luta Bráulio, em que liderava o movimento a favor da greve, sendo eles reprimidos pela brutalidade policial, outra parte, não queria e/ou concordava com a greve, deste lado temos Tião entre outros. Otávio quando participava dos piquetes em frente à fábrica, entra em choque com a polícia, onde é preso. Seu filho Tião, criado vendo seu pai passar por prisão e embates, pensa em primeiro lugar no próprio futuro, uma vez que ele teme passar por todo sofrimento igual ao seu pai, nas vésperas de se casar com Maria que estava esperando um filho seu, finge não ver a prisão do pai. É indiferente ao drama dos colegas, fura a greve com medo de perder o emprego e faz uso da “democracia” escolhendo não participar. Maria, mesmo com o pedido de Tião, resolve apoiar a greve. A polícia chega e na tentativa de dispersar o movimento agride Maria, que cai no chão com grandes dores na barriga. Já em casa Tião a vê e eles discutem, pois suas opiniões e