Resenha crítica do artigo " por que as contas não fecham?"
Valor contábil ou de mercado?
O caso da empresa Metal Leve, foi apresentado no artigo “Por que as contas não fecham”, como exemplo de que o valor da empresa está atrelado ao que o mercado acredita que ela possa gerar de lucro no futuro, e não ao patrimônio que está registrado em seu balanço. Segundo Eliseu Martins da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), isso ocorre devido ao fato de que a contabilidade é bem eficaz para medir o lucro obtido, mas é pobre para medir o lucro futuro.
A abertura de capital das empresas exaltou as diferenças entre a visão gerencial e a contábil do valor econômico de uma empresa. A inclusão dos ativos intangíveis no balanço é necessária, pois do contrário a contabilidade estaria inversa à evolução da economia que engloba empresas digitais para as quais a informação é um ativo. Da mesma forma que o balanço precisa ser capaz de registrar os bens mais importantes de uma empresa digital (sua base de clientes, sua marca), não poderia permitir que contadores utilizassem de truques para torná-lo mais atraente e sedutor aos olhos do mercado acionário.
No artigo são abordados casos em que a inclusão de ativos intangíveis no balanço das empresas foram benéficas, aumentando o seu valor de mercado, mas também foram citadas situações em que tais brechas poderiam gerar práticas duvidosas.
É preciso admitir que tudo o que está descrito no artigo, os prós e os contras da utilização de ativos intangíveis no balanço, são verdadeiros, porém não definidos como parte da velha ou nova economia. O balanço e a análise do valor econômico das empresas estão acompanhando a evolução da economia, porém não de forma padronizada, pois ainda não existe nenhuma norma brasileira de contabilidade para regular bens intangíveis e os seus devidos