Resenha crítica da obra raízes do brasil
Sérgio Buarque de Holanda nasceu em São Paulo em 1902 e faleceu em 1952. Lecionou em várias instituições de ensino superior e é o autor de vários livros. Entre suas obras mais importantes estão Cobra de vidro (1944), Caminhos e fronteiras (1956), mas principalmente Raízes do Brasil (1936).
A obra, composta de 188 páginas, é dividida em sete capítulos. É um livro curto, discreto, de poucas citações, seu êxito de qualidade foi imediato e se tornou um clássico.
Apresenta uma importante reflexão com relação ao processo de colonização e suas consequências na formação do povo brasileiro. Aspectos históricos, políticos, econômicos e culturais são amplamente discutidos e analisados pelo antropólogo, mostrando aos leitores que as características dos países europeus foram fundamentais na construção dos países latino-americanos.
O primeiro capítulo, “Fronteiras da Europa”, dispõe características dos países da Península Ibérica e suas diferenças no processo de colonização da América. O autor proporciona a reflexão sobre os defeitos dos brasileiros dos dias atuais, tais como frouxidão das instituições e a falta de coesão social, mostrando que esses sempre existiram desde a origem. Em outras palavras, possibilita o entendimento da origem do brasileiro, cujos defeitos foram herdados de nossos colonizadores. Alude a um dos temas fundamentais do livros: a repulsa pelo trabalho regular e as atividades utilitárias.
No segundo capítulo, “Trabalho e aventura”, o autor distingue o trabalhador e o aventureiro, os quais possuem éticas opostas. O primeiro busca segurança e recompensa a longo prazo, já o segundo busca novas experiências e a riqueza a curto prazo. Dessa forma, considera que espanhóis e portugueses foram aventureiros no novo continente e Holanda afirma que essas características foram positivas para o Brasil.
O capítulo seguinte, “Herança rural”, analisa a marca da vida