Governança corporativa
Profissionalismo à frente dos negócios deve ser parte fundamental do projeto de expansão de empresas familiares
22/09/2011 05:37Mudar o tamanho da letra:A+A-
Compartilhar:
Apesar de a crise nos países desenvolvidos ter se intensificado e de o governo brasileiro já ter revisto as previsões de crescimento para o país, especialistas afirmam que mercados emergentes como o Brasil continuarão suprindo as demandas internacionais por commodities e seguirão com economias aquecidas. Neste contexto, as companhias nacionais precisam lidar com cenários antagônicos: se proteger das ameaças externas e aproveitar as oportunidades internas de crescimento. Sendo assim, a solidez de empresas familiares, que representam 98% do total no Brasil, segundo dados de 2011 do IBGE, é parte importante da engrenagem econômica do país.
No entanto, pesquisas mostram que, aproximadamente, de cada 100 empresas familiares no Brasil, 30 sobrevivem à segunda geração, e apenas cinco chegam à terceira. No atual cenário macroecômico, em que fusões e aquisições acontecem com freqüência e produtos importados representam cerca de 20% do mercado brasileiro, a concorrência em qualquer setor está cada vez mais forte. As empresas, portanto, precisam ampliar horizontes e organizar os negócios se quiserem crescer – ou até mesmo sobreviver.
Para abrir capital, por exemplo, é necessário que a empresa tenha transparência e metas claras e objetivas de rentabilidade (o que nem sempre ocorre em empresas familiares), pois passará a prestar contas a acionistas. E esse pode ser um caminho vantajoso: o Magazine Luiza, empresa familiar, lançou ações na Bolsa no começo desse ano, captando R$ 925,8 milhões.
Analistas de mercado apontam que o segredo da expansão da rede, que começou com uma loja na cidade paulista de Franca há mais de 60 anos e hoje tem mais de 600 espalhadas pelo Brasil, é o profissionalismo à frente dos negócios, que não permite que os egos