Resenha Crítica Casa dos Mortos
Debora Diniz, diretora do documentário “A casa dos Mortos”, é doutora em antropologia, professora do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília, pesquisadora do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, membro da diretoria da International Association of Bioethics, do Council on Health Research for Development e da International Women´s Health Coallition. Foi agraciada em dezembro de 2009 com o décimo prêmio de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo na categoria individual pela sua contribuição para a difusão, a disseminação e a divulgação dos Direitos Humanos no Brasil. Foi responsável por um estudo no ano de 2010 publicado pela Universidade de Brasília, sobre o ensino religioso no Brasil. Recebeu 72 prêmios por pesquisas e filmes, dentre eles os documentários “A casa dos mortos”, “Uma História Severina, “Habeas Corpus”, “À Margem do Corpo”, “Quem são elas?”, “Solitário Anônimo”.
O documentário “A casa dos mortos” é um curta-metragem que retrata a realidade e a vida dos detentos no Manicômio Judiciário de Salvador – BA, utilizando uma linguagem popular, vulgar1 e de fácil compreensão, baseado no poema do poeta Bubu (João Pereira de Oliveira Junior), um dos internos do manicômio, que conta com essa 12 internações em manicômios judiciários. O documentário se desenvolve nas falas dos presos e é estruturado em três partes que introduzem tópicos do poema de Bubu relevantes à realidade dos manicômios judiciários, sendo: “Cena 1, das mortes sem batidas de sino”, que relata a historia de Jaime, um interno tido como muito perigoso; “Cena 2, das overdoses usuais e ditas legais”, que mostra o que é feito com os internos recém chegados, através da chegada de Antônio; “Cena 3, das vidas sem câmbios lá fora”, que conta a história do interno Almerindo.
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