Resenha crítica - Capítulo 1 - As garotas da fábrica
CURSO: ECONOMIA – MATUTINO – 2013.1
DISCIPLINA: SOCIOLIGIA E ECONIMIA
DOCENTE: VERA LÚCIA DE MENDONÇA
DISCENTE: BRISA OLIVERA MOURA
RESENHA CRÍTICA
CHANG, Leslie T. 1. Ir embora. In: As garotas da fábrica: da aldeia à cidade, numa China em transformação. Tradução: Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2010, p. 11-22.
No primeiro capítulo do livro As garotas da fábrica, a autora Leslie T. Chang, sabiamente, utiliza da história de Min para ilustrar transformações ocorridas na China que não se limitavam à realidade dos moradores de Lu Qingmin, aldeia natal de Min.
A China, por causa da mão de obra barata, há algum tempo passou a ser vista com bons olhos pelas indústrias do mundo inteiro. Após a medida governamental de 1984, que autorizava os agricultores a estabelecer pequenos mercados nas cidades e mudar-se deixou de ser crime, a imigração não somente acentuou como se tornou indispensável à produção industrial do país. Tal acontecimento culminou, em 2003, no amplo documento emitido pelo Conselho de Estado, Ministério da China, que admitia a importância da migração para o desenvolvimento econômico do país e proibiu a discriminação contra os migrantes.
Dessa forma, os agricultores começaram a ganhar o suficiente para manter os filhos na escola, já que não precisavam vender toda a produção ao governo. Os filhos, por sua vez, ao terminarem os estudos, também não tinham o que fazer no campo, pois os lotes de terra eram pequenos – o lote pertencente à família de Min, por exemplo, consistia em 50 m² - e tinham como melhor alternativa a migração para cidades industriais.
Até este ponto, tais transformações podem ser encaradas de maneira positiva e talvez seja realmente, se considerarmos que este apenas como o primeiro passo. Ou seja, a China se tornou mais liberal para os agricultores e para os trabalhadores, porém o que ainda falta são alterações legislativas e a fiscalização dessas empresas, para que