Resenha Critica "O estrangeiro"

Marina Bechara, N°25, 1°A
As consequências dos que não se opõe

Na época de 1942, a Europa já se encontrava devastada. Albert Camus, escritor Francês, nascido em Argel, terra a qual ele escolheu como cenário de uma de suas principais obras: “O Estrangeiro”. O romance criado por Camus, publicado e escrito em uma época de grandes sofrimentos, conflitos, trazem tais características em seu protagonista, marcadas de forma distintas, das quais repercutiam o mundo naquela época, e que foram se desenrolando mais para o externo do que para o interno.
Os apontamentos desencadeados geniosamente por Albert em sua obra fazem link direto com a sociedade existente no séc. XX, trazida na forma daqueles que “não vivem”, e comprovada nas características sutilmente apresentadas em Mersault, porém dificilmente percebidas, homem frio, desconectado com si mesmo, e aparentemente deslocado na sociedade em que vive são marcas presentes em suas narrações de detalhes, pessoas, ambientes e intensões, criando juízos nem sempre verdadeiros e sem opiniões em cima de tais, daqueles que por motivos diversos cruzam o seu caminho. O conflito criado e desenvolvido pelo autor já é descrito no próprio título do romance, “O estrangeiro” que nos traz aspectos de construção da figura de Mersault, características de acobertamento próprio, a partir daquilo que ele descreve dos outros ao invés de si mesmo, estrangeridade e compactualidade em relação a sua pessoa, e refletidos na obra como o silêncio, levado como “chave” de uma porta que começará a se abrir a partir da segunda parte do Romance onde se inicia o grande conflito.
O assassinato, cometido sem motivos pelo nosso protagonista marca além do início de uma “nova história”, o fato da indiferença e frieza que Mersault trata as situações, e muito subjetiva, onde ele culpa aspectos externos que ele próprio tem o costume de narrar e se esconder, desde do começo da narrativa. Como o sol, usado de justificativa pelo crime. E é a partir dai onde a