Resenha critica psicogenese da lingua escrita
“A criança é também um produtor de textos desde tenra idade” (1985 p.181). Para as autoras as crianças expressam tentativas de escrita diferenciadas das tentativas de desenho a partir dos dois anos e meio a três anos, seja com traços ondulados contínuos imitando a escrita cursiva ou com círculos verticais descontínuos imitando a escrita de imprensa. Sabe-se que quanto mais estimulada for a criança e quanto mais cedo lhe forem proporcionados materiais que permitam a tentativa de escrita, mais familiarizada com o mundo das letras, da leitura e da escrita ela será, o que facilitará muito o desenvolvimento da sua interpretação. Porem, imitar o ato de escrever é diferente de interpretar a escrita produzida, e a principal pergunta no estudo das autoras é em que momento a criança é capaz de interpretar sua própria escrita. Com o objetivo de compreender como a criança constitui a sua própria escrita e os progressos em direção à compreensão e interpretação, ou seja, quando a criança começa a processar a sua escrita e a dos outros para transformá-la em informação. As autoras também escrevem sobre a importância do nome próprio, pois quando a criança começa a interpretar sua escrita, ela utiliza em todas as tentativas e situações as letras do seu nome para representar as palavras que escreve.
O nome próprio é o ponto de partida para a construção da escrita, pelo seu valor afetivo e por ser a primeira forma escrita dotada de estabilidade, ou seja, a primeira palavra reconhecida pela criança. Considerando a relevância do nome próprio no processo de aprendizagem realizaram-se também estudos concentrados nele.
Partindo de suas experiências as autoras propõem cinco níveis de desenvolvimento da escrita infantil:
Nível 1- Escrever é reproduzir traços que a criança identifica como básicos e todas as escritas são semelhantes, mas as crianças consideram diferentes conforme suas intenções. Cada criança é capaz de interpretar sua escrita, mas não