Resenha critica do filme jornada da alma

A trama tem seu início no ano de 1905, quando a família de Sabina, preocupado com o agravado estado mental da jovem (espasmos musculares, delírios, discurso incoerente, impulsos suicidas, etc), e por não saber ao certo como proceder em relação a mesma, decidi levar o caso ao médico Carl Jung, que se vê diante da perfeita oportunidade de testar pela primeira vez os métodos de seu professor Dr. Sigmund Freud. O filme vai mostrando o lado humano da relação médico-paciente, sobretudo considerando, que Jung foi um dos precursores da terapia pela conversa e autoconhecimento, renegando os usos de choques ou artifícios grotescos tão usados em hospitais do gênero.
Aos poucos Sabina começa a perceber em Jung a possibilidade de ser compreendia, e após a um longo período de negação de tratamento, começa com Jung, à ser capaz de lidar com a sua enfermidade de uma forma coerente e lúcida. O relacionamento dela com Jung mostra uma situação desafiadora e complicada dentro da psicologia e psicanálise, que é questão da transferência que é a paixão do paciente pelo psicanalista, e neste caso especifico também da contra-transferência que é a paixão do psicanalista pela paciente.
Pois a cura de Sabina deu-se primeiramente pela paixão, que se transformou em um amor forte e transformador. Foi o amor que ela sentia por aquele profissional, que pela primeira vez na vida, a tinha tratado como um ser humano normal, que a estudou verdadeiramente e ele por ver nela a possibilidade e o resultado positivo do primeiro experimento dele, no caso de cura de histeria, não pelos métodos arcaicos daquela época, mas por uma experiência totalmente nova. Diante dos acontecimentos parecia inevitável, que esta paixão não irrompesse entre eles de uma forma avassaladora e intensa, onde o corpo e a alma se entregam sem limites, mesmo Jung sendo casado e Sabina ter consciência, de que o envolvimento de um psicanalista com a paciente, não fosse politicamente correto. E ainda mais sob o enfoque da moral