resenha corpo dos condenados
O texto retrata os moldes do poder exercido pelos Reis e aprovados pelo Clero e para que seus status pudessem submeter os condenados a um espetáculo em praça pública, espetáculos de horror, a maneira como ocorriam estas atrocidades eram de forma que os condenados pudessem ser julgados e sentenciados a morte com torturas do corpo, torturas estas como forma de suplicio para absolvição de seus pecados contra a coroa ou contra Deus. Os Reis eram considerados deuses sobre o povo, exercendo uma tirania de poder e autoridade sobre qualquer oposição de afronta ou crimes contra a coroa. Os condenados ao serem expostos às torturas em praça pública, eram tidos como uma espécie de amostra de incoerência total, uma vez que ao estarem ali expostos, submetidos a todas aquelas torturas realizadas de maneiras tão frias e brutais, leva-se a pensar na inversão de valores que não eram apreciados naquela época, quando dizemos isso, nos referimos ao pensamento de que não se podia blasfemar em face da coroa, mas torturar física e psicologicamente, de maneira vexatória, na frente de todos, não havia problema algum.
E com todos esses eventos que ocorriam, alguns presentes se opunham ao ocorrido, fazendo com que pequena parte do povo fortalecia-se exercendo um poder em pequena escala, ou seja, indo contra a monarquia e toda aquela hegemonia punitiva. Após vinte anos, de acordo com que o próprio texto diz, “...a punição deixou de ser uma cena...” com a revogação da confissão pública em 1791, acabaram-se os suplícios e um novo programa punitivo foi criado com regras e controle para condenar, dando inicio as prisões com trabalhos forçados, impedimento de irem para suas casas, submissão, sendo tirada a sua liberdade, colocando o corpo num sistema de cerceamento e supressão, na ideia de recuperação mental e emocional, de acordo com os moldes do que diz Mably: “Que o castigo, se assim posso exprimir fira mais a alma do que o corpo”.
A dominação agora submetida