Resenha, condominio do diabo.
A autora Alba Zaluar comenta neste artigo, que é fruto da experiência que ela viveu com a população da Cidade de Deus, sobre o impacto da criminalidade na vida social, ou seja, como os moradores percebem e definem criminalidade. Para ela a violência está presente nas rotinas de opressão de classe, seja pela polícia devido a sua postura agressiva perante a sociedade pobre, seja pela imagem construída pela imprensa do criminoso e do crime, o vinculando a população pobre. O bandido é diferente do malandro de antigamente, esse personagem surge devido a falta de oportunidades aos pobres(emprego, escolaridade), a discriminação e visão errada do trabalho, o associando a escravidão, ou seja, trabalhando muito para ganhar pouco, e a possibilidade de dinheiro fácil sem ter que fazer trabalho escravo. Eles entram cedo nessa vida, ( por volta dos 10 anos) mas também não duram muito nela ( morrem em média aos 25 anos, assassinados por outros bandidos ou policiais.) A dependência vital do elo, traficante, vapor, avião e a consequente possibilidade de traição tornam necessária a coerção pela força das armas. A polícia é quem é caracterizada pela falta de moral para essa população, para eles a polícia sempre mata pelas costas, sem avisar, por motivos nunca esclarecidos, já o bandido mata para se vingar de alguma traição ou defender sua honra e espaço. São apresentadas também as características do “bandido formado” que é aquele com experiência, que conhece as regras do jogo, não trocam tiros com qualquer um a toa. Este passa a ser considerado como “bandido herói” pois garante a inviobilidade de seu território, protegendo os moradores, ninguêm pode mexer com eles la dentro. E a dos “pivetes” que são os verdadeiramente perigosos, pois estes querem aparecer, para se tornarem bandidos formados precisam ter morte nas costas, por isso acabam matando qualquer um, não só os envolvidos com o tráfico. Ódio,