Resenha ciência e comportamento humano
O autor começa o capítulo substituindo os termos “causa e efeito”, respectivamente por “mudança em uma variável independente” e “mudança em uma variável dependente”, e substitui a relação de causa e efeito por uma “relação funcional”, o que exclui a ideia de a causa produz o efeito e afirmando que eventos diferentes podem ocorrer em uma determinada ordem. Essa ordem dos eventos, as causas do comportamento são os objetos do interesse do capítulo, e descobrindo e analisando estas causas, se faz possível prever e controlar comportamentos.
Posteriormente, fala-se sobre as causas do comportamento, Skinner disserta sobre diversas delas, desde as fantásticas e até as científicas. Ele define causa como “qualquer evento conscípuo que coincida com a emissão de um comportamento humano”, o que abre um vasto leque de possibilidades do que seriam as causas. Começa citando as baseadas na astrologia, numerologia e superstições, porém não as invalida, o autor diz que efeitos dessa espécie, quando adequadamente validados, não devem ser esquecidos. É discutida a crença de que as características físicas de uma pessoa podem levá-la a apresentar determinados padrões de comportamento, e é feita uma análise mais internalista dessa ideia; ao concluir o pensamento, a obra faz com que nos perguntemos se o feitio do físico é mesmo anterior ao comportamento, uma vez que aquele pode ser modificado, o que gera reflexões a respeito dessa e de outras maneiras parecidas de inferir causas ao comportamento. Mas esse tipo de causa é justificado por Skinner quando ele diz que os eventos interiores tendem a ser difíceis de observar e por essa razão é fácil conferir-lhes esse tipo de propriedade. Ele fala sobre as causas neurais, explicando que leigos, por vezes, utilizam o sistema nervoso como explicação imediata do comportamento, e que uma ciência do sistema nervoso pode sim revelar muito sobre o comportamento, mas ela deve