Resenha - Carro Zero
Eles (os que não apoiavam anteriormente a democracia) acabariam se opondo de distintas maneiras a um regime militar apoiado pelos estratos mais conservadores da sociedade. (WEIS; ALMEIDA, p. 323)
A primeiro momento os autores nos dá um exemplo: a Copa do Mundo de 1970. Descreve os lados em comum dos que eram resistentes ao regime e os adeptos. Em comum aos opositores eram a faixa de idade, a profissão “bem aparentada”, terem sido usuários, mesmo que apenas uma vez, de maconha e terem melhorado de vida recentemente.
Já do lado oposto os antitorcedores se auto intitulavam de classe média intelectualizada. Antes abominavam o golpe militar de seis anos atrás e não possuíam membros pertencentes a nenhum tipo de resistência, mas que conheciam alguém do lado resistente.
Os que queriam a derrota da Seleção naquele ano tinham seus motivos para isso. Não acreditavam em uma resistência nos meios futebolísticos. Acreditavam em formas mais práticas e que merecessem mais atenção do que um jogo de futebol. Seria tolice acreditar que a ideia de ditadura seria diferente dentro dos gramados do México.
Todas as manifestações de patriotismo não serviriam de nada, como as depredações de carros sem a bandeira do país ou as frases de efeito “Brasil, ame-o ou deixe-o!” não seriam uma forma de colaboração com generais.
O golpe militar trouxe mudanças drásticas na política brasileira e na vida daqueles que não se opunham ao antigo governo de tal maneira que eles acabariam se opondo ao regime militar conservadorista.
Citam posteriormente dados que confirmam o número significativo de participantes da classe média intelectualizada. E relembra que a literatura disponível no que diz respeito à interação vida