RESENHA CAPITULO 4 - CULTURA SAUDE E DOENÇA
Curandeiros, pai de santo, pastor ou médico. Essas são umas das alternativas que a sociedade atual oferece, quando um dos seus membros sente algum tipo de desconforto físico ou emocional. Quanto mais complexa a sociedade, mais opções de ajuda o doente pode encontrar.
Os sistemas médicos existentes em uma sociedade estão relacionados diretamente com a cultura, a religião, a política e a economia desse grupo. Apesar de todas as opções diferenciadas de tratamento, existe um sistema maior e oficial de cada sociedade. No Ocidente, a Medicina científica é tida como a principal.
Em sociedades mais complexas é possível identificar três tipos de assistência à saúde: a informal, a popular e a profissional. A primeira diz respeito à procura de tratamento com pessoas leigas, que tem informação particular sobre determinada doença. Geralmente, a pessoa procurada possui algum laço de parentesco, de amizade, residência comum ou organização profissional ou religiosa. Elas geralmente identificam a doença e tratam com os recursos que tiverem à disposição. Estimativas apontam que 70% a 90% dos tratamentos ocorrem nesse setor. A alternativa informal pode produzir efeitos negativos, pois muitas vezes a doença é mantida dentro de um círculo, como o familiar, por exemplo, e não compartilhado com algum especialista.
Na Inglaterra, após pesquisas, descobriu-se que a automedicação é comum. Para doenças consideradas mais simples, como dores de cabeça, febres, a maioria dos ingleses não procura médicos. Outra prática recorrente entre esse grupo é a troca de remédios receitados por médicos entre familiares, amigos ou vizinhos. Quando os sintomas são parecidos, as pessoas trocam drogas prescritas.
Curandeiros, parteiras, clarividentes são exemplos de especialistas da alternativa popular. Normalmente, o método de cura é sagrado, secular ou uma combinação de ambos. Grande parte dos curandeiros populares compartilham os mesmos valores culturais