Resenha Capitalismo e Trabalho
O capitalismo, não consegue transformar totalmente o homem em "coisa", em "objeto", em simples apêndice da máquina. Assim, de acordo com Franco o trabalho começa a ser percebido pelos trabalhadores como uma atividade extremamente desagradável, enfadonha, monótona, repetitiva e alienante. Como consequencia, o autor destaca, uma espantosa falta de gosto e até uma certa resistência face ao trabalho; indiferença e indolência do trabalhador; sabotagem; aumento do absenteísmo; baixa qualidade dos produtos; acidentes no trabalho, e outras formas de reação contra o trabalho alienante da sociedade capitalista moderna.
Franco entende que a revolta dos trabalhadores é basicamente contra a opressão a que estão confinados. Destacando que com base neste novo contexto contraditório das relações de trabalho que na empresa moderna que os empresários passam a tomar uma série de cautelas e iniciativas "educativas" em relação aos trabalhadores, com o objetivo de adaptá-Ios aos novos métodos de produção e de trabalho. Buscando, ao mesmo tempo, garantir a lucratividade e permitir resolver alguns dos problemas gerados pela alienação do trabalho.
Como medidas adotadas o autor destaca a descentralização do poder; formação permanente; transporte e alimentação gratuita; trabalho em equipe e controle de qualidade. No entanto, essas medidas não eliminam a fragmentação, a alienação do trabalho e a separação entre concepção e execução. Apenas minimizam e até mesmo evitam conflitos, estabelecendo o que o autor chamou de “saúde social”.
O texto nos convida a seguir a leitura, pela linguagem simples e pelo modo direto que o autor apresenta/analisa as causas e consequências da relação capitalismo e trabalho. Entre estas, destacamos a conclusão de que as "relações humanas" buscam, no fundo, é integrar os trabalhadores, fazê-Ios participantes ativos dos projetos do capital. Buscam fazer com que o trabalhador aceite a miséria humana e cultural a que foi