Resenha cap 1 - cultura saúde e doença
No capítulo “Abrangência da antropologia médica”, Helman conceitua e interliga as diversas vertentes da cultura com a medicina. Desse modo, faz referência da Antropologia médica – a qual estuda como as pessoas, em diferentes culturas, explicam as causas das doenças, os tratamentos e a que recorrem quando estão doentes – com os mais diferentes tipos de estudos. Exemplos são dados: Antropologia física (Biologia humana), a Antropologia cultural e a Antropologia social.
Diante disso, o autor conceitua “cultura”. Ele concorda com antropólogos de que a cultura é um sistema de idéias compartilhadas; que se modelam e se expressam no modo de vida das pessoas.
Esses costumes e hábitos que caracterizam um grupo de pessoas, para mim, não é imutável. Ou seja, a cultura depende do tempo estudado, do lugar vivido e das mudanças que ocorrem em torno de cada “tribo”. E ainda, dentro de uma só cultura, podem existir maneiras diferenciadas de viver. Por isso, como o próprio autor citou, não podemos generalizar cultura, uma vez que nem todos os componentes agem ou pensam de maneira idêntica.
Um exemplo disso, no âmbito médico, é dizer que é proibido fumar ou acreditar em Deus. Não! Não é assim que funcionam. Mesmo que a maioria dos profissionais saiba os riscos do tabaco, existem aqueles que fumam. E, em questão de fé, alguns caracterizam a medicina como uma profissão ateia. Muito pelo contrário, muitos médicos acreditam que a fé seja um complemento para o tratamento; que acreditar em Deus ou em alguma divindade seja essencial no processo de cura. E eu, particularmente, acredito que sem Deus, nós, que nos tornaremos médicos, não consigamos exercer nossa profissão com tal êxito. Entretanto, isso vem dos ensinamentos que tivemos em nossa família e cultura aliados as experiências vividas, essas que podem modificar nossas crenças e hábitos (como eu disse, elas são mutáveis).
Sobre tudo isso, o autor faz