Resenha: Cadê a Síndrome de Down que estava aqui?
RESENHA
No mundo contemporâneo, estabeleceu-se uma norma básica: todos devem ser iguais. Ouvimos isso através da mídia e, nas ruas, vemos diversas pessoas que cumprem tal regra e se vestem, agem e, até mesmo, pensam como a maioria. A questão é: de que adianta? De que adianta sermos todos iguais? E o que se pode fazer com aqueles que não se inserem na “normalidade” estabelecida socialmente?
Com o objetivo de levar o leitor à reflexão acerca de que “a semelhança iguala-nos; a diferença identifica-nos”, da valorização das diferenças e do fato de que um indivíduo portador da síndrome de Down pode – e deve – se desenvolver caso seja devidamente estimulado.
O livro relata o programa de Lurdinha, criado com ajuda de diversos profissionais e a partir de um amplo estudo para que seu filho, que apresenta a trissomia do cromossomo 21, pudesse se desenvolver como qualquer outra criança, indicando alternativas e atividades que viessem a dar esperança àqueles que imaginam que essa criança traria apenas sofrimento aos familiares.
Na primeira parte do livro, “Receber uma criança com síndrome de Down”, é discutido sobre o fato de que, ao receber a notícia da gravidez, os pais começam a imaginar como será o futuro daquela vida, com o que trabalharia e com quem se relacionaria. Porém, ao receberem o diagnóstico da síndrome, a família passa à incerteza. Muitas negam a criança por não se encaixar em algum tipo de “padrão”. Outras passam a tratar a criança como se vivesse à parte do mundo, estudam sobre a trissomia, mas não aceitam ajuda profissional. No caso de famílias superprotetoras, tendem a negar a síndrome, mas aceitam a criança.
Por outro lado, na etapa secundária do livro, “Atuar com uma criança com Síndrome de Down”, é apresentado o programa criado