Resenha - Bentham, Mill, Rousseau e Marx

Resenha – Bentham, Mill, Rousseau e Karl Marx

A tentativa de se compreender o que é sociedade, assim como os indivíduos que a integram, e as relações que dela fazem parte, sempre foi assunto de diversas discursões, suposições e estudos. Tais atos, que contribuem para o desenvolvimento do conhecimento, encontraram, nos estudiosos, linhas de raciocínio e métodos que os diferenciaram e, portanto, os classificaram em grupos distintos. Exemplos dessa distinção são Jeremy Bentham e John Stuart Mill como adeptos do Utilitarismo, Jean- Jacques Rousseau do Contratualismo, e Karl Marx, que não era um filósofo, mas também buscou entender as interações humanas, usando-se do seu materialismo histórico e dialético.
O Utilitarismo foi uma corrente filosófica, bem como doutrina moral, que se baseava no princípio de utilidade, isto é, na ontologia do prazer e da dor. Tal corrente encontrou na figura de dois filósofos, Jeremy Bentham e John Stuart Mill, importantes ideias e teorias. Estas se caracterizavam por fundamentar as características do comportamento do indivíduo, os aspectos da sociedade e os objetivos da moralidade e da legislação segundo sua utilidade.
O primeiro desses filósofos, Jeremy Bentham, em seu livro “Os princípios da moralidade e da legislação” toma não só como ponto de partida, mas como fundamentação geral dessa obra, a afirmação de que todas as ações do indivíduo, bem como os atos e medidas do governo, são orientadas pelo princípio da utilidade.
Ele, então, enuncia que este princípio como teria por objetivo maior o edifício da felicidade. Portanto, concede-lhe – ao princípio - a propriedade de aprovar ou não as ações do indivíduo “segundo a tendência que tem a aumentar ou diminuir a felicidade da pessoa” (BENTHAM, 1984, p.10). Isto é, leva-se em conta sua utilidade. Utilidade que seria, por sua vez e por ele definida, a propriedade que tal objeto possui de proporcionar prazer ou evitar a dor - os dois senhores soberanos do gênero humano.
Desse modo: