Resenha As Nuvens - Aristofanes
Introdução aos Estudos Literários II
Polo Sapucaia do Sul
Turma IV
Nomes: Marcela Bezerra e Francielle Paim
Análise e reflexão
Ao estudar o gênero cômico, em especial a comédia grega, podemos depreender que a mesma era bastante utilizada com o intuito de reproduzir as críticas contra a sociedade em forma de sátira, ironia, deboche. No texto As Nuvens, isso se confirma com a obra que satiriza o próprio Sócrates e os sofistas. Conforme a leitura da obra de Aristófanes, um comediante grego que estreou no gênero cômico em um concurso de peças de teatro em festival que cultuava o deus Dionísio, em 487 a.C, traz uma linguagem cômica, que satiriza o grupo de filósofos liderados por Sócrates e as desventuras do personagem principal na busca de saldar suas dívidas e fazer o filho tomar jeito na vida. Estrepsíades, nossa personagem principal, encontra-se em grande aperto financeiro, e seu filho Fidípedes, um “boa vida”, não o ajuda em nada, sendo inclusive o principal responsável pelas dívidas do pai. Desesperado por sua situação alarmante, Estrepsíades ouve falar em Sócrates e seus discípulos, conhecidos sofistas nas redondezas. Deseja que o filho matricule-se nos ensinamentos de Sócrates, porém o mesmo se recusa, preferindo continuar com seus cavalos. Nosso “herói” então resolve ele mesmo aprender com os filósofos. Lá ele fica conhecendo o culto às Nuvens. Deuses como Zeus não existem, somente As Nuvens são a verdadeira divindade. Um trecho da obra descreve bem isso:
“SÓCRATES É preciso que o velho fique calado e preste atenção à prece! (Solenemente.) Senhor soberano, Ar incomensurável, que sustentas a Terra suspensa no espaço! Éter brilhante e veneráveis deusas, Nuvens, portadoras do trovão e do raio! Levantai-vos, Senhoras, mostrai-vos ao pensador, suspensas no ar!” [...] As Nuvens trazem-nos o Raciocínio Justo (representando a Tradição) e o Injusto (representando Sócrates e os Sofistas). Lá, nossa personagem principal começa a aprender