Resenha "As leis da Cibercultura e o Poder das Pessoas"

As leis da Cibercultura e o Poder das Pessoas
A World Wide Web, desenvolvida pelo americano Tim Berners-Lee, no final do século XX, expandiu-se de tal maneira que, nos primeiros anos do século XXI, tornou-se impossível imaginar o mundo, as pessoas e as corporações sem a internet. Um estudo divulgado em outubro de 2013 pela União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês) estimava-se que, até o final daquele ano, 2,7 bilhões de pessoas estariam conectadas à internet. Apesar do alto número de conectados, a pesquisa surpreende, mostrando um baixo índice de acesso à internet no mundo em relação a outros meios de informação: quase 80% das famílias tinham uma TV, 41% um computador e apenas 37% acesso à Internet.
Neste pouco mais de um terço da população, localiza-se o desenvolvimento da Cibercultura, que abrange fenômenos sociais e culturais associados à internet e outras formas de comunicação em rede.
Antes da popularização da internet, a televisão, o rádio e seus derivados eram o único “meio de comunicação” alcançável. A cultura massiva, como denomina André Lemos (2006), é uma via de mão única que impossibilita a completa comunicação do receptor com o emissor, tornando-se um meio informacional e não comunicativo, em que o receptor apenas aceita a notícia sem intenção e costume de criticá-la.
Com a introdução da internet e seu fácil acesso, o mesmo indivíduo que recebe informação pode também produzi-la, fazendo da rede uma via de mão dupla, chamada cultura pós-massiva (Lemos, 2006). Contudo, a emissão deste conteúdo depende diretamente da conexão. Elas, relacionadas, permitem a tentativa de reconfiguração das estruturas socioculturais já fixadas.
O polo de emissão, anteriormente era controlado pelas grandes empresas de comunicação massiva, mas dissolveu-se de modo que, hoje, pode-se encontrar informações em endereços e meios midiáticos diferentes. Se uma informação é apresentada com um ponto de vista que não satisfaz o leitor, este tem o poder de