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Resenha Critica do Livro: Aprender Antropologia (François Laplatine)
Introdução e primeiro capítulo

De acordo com o autor do livro François Laplatine, a reflexão do homem sobre o homem e sua sociedade, e a elaboração de um saber são, portanto, tão antigos quanto a humanidade, e se deram tanto na Asia como na Africa, na América, na Oceania ou na Europa, porém o projeto de fundar uma ciência do homem, uma antropologia, é, ao contrário, muito recente. Apenas no final do século XVIII e que o espírito científico pensa, pela primeira vez, em aplicar ao próprio homem os métodos até então utilizados na área física ou da biologia, que constituiu num evento considerável na historia do pensamento do homem sobre o homem.

Segundo o autor, o projeto so alcançou suas primeiras realizações na segunda metade do século XIX, ou seja, as sociedades exteriores as européias e norte-americanas, eram consideradas primitivas ou simples, com uma dualidade radical entre observador e seu objeto devido a distancia geográfica pois as sociedades estudadas pelos primeiros antropólogos são sociedades longínquas com características atribuídas de sociedades de dimensões restritas onde a tecnologia é pouco desenvolvida em relação à nossa e nas quais há uma menor especialização das atividades e funções sociais. Já no século XX, a antropologia percebe que as sociedades primitivas estão desaparecendo. Eis ai que surge a questão do antropólogo Paul Mercier: será que a ”morte do primitivo”há de causar a morte daqueles que haviam se dado como tarefa o seu estudo? O autor seleciona três respostas, a primeira que o antropólogo aceita sua morte e volta para o âmbito de outras ciências humanas, a segunda é que ele estuda o camponês(o selvagem de dentro) e a tercira que é um certo olhar, um certo enfoque que consiste no estudo do homem inteiro, do homem em todas as sociedades, sob todas as latitudes em todos os seus estados e em todas as épocas.

Existem cinco principais áreas da