Resenha antigona
O autor Maurício Mota em si está embasado de ricas e preciosas informações sobre a peça, considerada como uma pérola conservada de Sófocles. O mesmo defende com forte embasamento jus naturalista a personagem Antígona, que dependendo do ângulo analisado, nos apresenta uma visão subjetiva da mesma, contrária ao caso.
Os argumentos do autor nos passa a imagem de que Creonte é um tirano que utilizou de um decreto positivado para condenar Antígona, apresentada pelo autor como vítima e heroína. Mas vale salientar que para dar direito a outrem devemos rigorosamente analisar todos os fatos envolvidos no caso, até mesmo porque, de acordo com Roberto Bobbio (Introdução ao Estudo do Direito) “O Direito é um Processo de Adaptação Social - As necessidades de paz, ordem e bem comum levam a sociedade à criação de um organismo responsável pela instrumentalização e regência desses”, partindo desse princípio teremos que analisar os fatos que deram origem a efetivantes da decretação da lei.
Analisando o ciclo de vida da família dos Labdácidas observamos que a mesma foi marcada por constantes tragédias, contribuindo dessa maneira para a fragilidade emocional de Antígona. Outro aspecto a ser considerado na tragédia de Antígona é que seu irmão Polinices cometeu crimes contra a sociedade Tebana, colocando em risco a integridade física e moral da população. A fúria de Polinices ceifou também com a vida de Mireceu, filho de Creonte, indo em desacordo com o discurso jus naturalista onde é afirmado o direito de preservação da “vida.....”.
Considerando todos esses fatores podemos dizer que Creonte também tinha fundamentos para criar uma norma válida, sendo ele chefe de estado deveria estabelecer ordens para que seu estado estivesse protegido contra posteriores rebeliões.
Por outro lado, Antígona lutava por seus ideais, algo que estava intrínseco nela não podia abrir mão de defender aquilo que acreditava somente para atender as exigências do estado. Porém, com seus