Resenha Antigona
A tragédia de título Antígona se passa na cidade grega de Tebas, no século VI a.C.
Em uma guerra envolvendo Tebas e Argos, motivada por escavações de argila e cobre, Polinice (tebano) e Estéocles (argino), filhos de Édipo, se matam em conflito. Creonte, o rei sucessor de Édipo, decreta um édito, no qual ordena que Estéocles, morto em prol de Tebas, tenha direito a um sepultamento digno, porém, Polinice, no caso, um inimigo, fique insepulto, entregue aos cães e abutres.
Antígona, irmã de Polinice e Estéocles, repudia tal decreto e convida a irmã, Ismênia, para inumarem o corpo de Polinice. Ismênia recusa. Antígona vai só e consegue na primeira tentativa, porém os guardas avistam que o decreto foi desrespeitado e voltam a tornar o corpo insepulto. Na segunda tentativa, Antígona é pega e levada a Creonte.
O rei continua irredutível e condena Antígona, que assumiu o ato, e Ismênia, que, arrependida por não ter ajudado a irmã, passa a assumir culpa, à morte. Hêmon, filho de Creonte e futuro esposo de Antígona, vai até o pai, assume que respeita os decretos reais, mas os classifica como contra as leis divinas e a real opinião do povo. Creonte considera a opinião do filho absurda, acusando-o de traidor, e diz que não pode se submeter à vontade do povo, pois “a cidade pertence ao seu governante”, em suas palavras.
Após a levada de Antígona pelos guardas para um lugar a ermo para ser enterrada viva, com alimento suficiente para um dia, e a absolvição de Ismênia, por ser considerada inocente, Tirésias, um cego adivinho muito respeitado na cidade, vai visitar Creonte. O vidente diz ao rei que Zeus não está satisfeito com o último édito, pois restos do corpo insepulto de Polinice chegaram até os altares dos deuses através dos abutres e que, caso Creonte não voltasse atrás, seria amaldiçoado por um algum castigo. Creonte continuou inflexível e acusou o adivinho de ganancioso. Porém o couro de anciãos convenceu o rei que