Resenha 1
Bacharel em Ciências Políticas e Sociais pela PUC-RJ (1964), é mestre em Antropologia Social pela UFRJ 1970, doutor em Filosofia pela Universidade de Manchester 1973, com pós-doutorado pela Stanford University (1981). professor titular (1993) e professor emérito (2005) de Antropologia Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é também pesquisador emérito do Departamento de Antropologia/Museu Nacional/UFRJ.
No texto “Relativizando o Relativismo” , o autor examina algumas implicações do papel público da Antropologia. No excerto I, o autor nos fala que as disciplinas que compõe as chamadas humanidades devem tratar de problemas da sociedade. O relativismo e seus desdobramentos (sobretudo a valorização da diversidade), se não explicam totalmente o sucesso de público da Antropologia, ajudam a entendê-lo.
Segundo Otávio Velho, os antropólogos não tratam o relativismo como se fosse uma ideologia. É aos “efeitos sociais” desse fenômeno que se volta o interesse do autor, o relativismo deixando de ser uma questão acadêmica na medida em que a recepção de seu significado passa a ser feita por aqueles que classicamente seriam os “atores sociais”.
O autor argumenta que o papel público da Antropologia vai na direção da existência de um certo “excesso” de valores e convicções de nossa sociedade. Excesso este que impulsiona o etnocentrismo, a intolerância, não aceitação das diferenças etc. ; e estas consequências impulsionam a Antropologia. O autor argumenta que esse discurso se apoia no metadiscurso niilista moderno.
No entanto, o autor argumenta que esta inclinação/impulso da Antropologia corre o risco de deixar de lado as questões centrais (os problemas) de nossa época e de nossa sociedade.
No excerto II, Otávio Velho nos diz que o que problema de nossa época não seria necessariamente o excesso de valores e convicções, mas sim a ausência disto. Ele argumenta utilizando uma