resebhA
- um ricaço branco tetraplégico que depende totalmente de outra pessoa para viver. Está à procura de um novo ajudante quando durante um processo seletivo decide escolher o único que lhe parece ser verdadeiro. Vê-se provocado, desafiado pela franqueza do outro. Este outro é um homem saudável, mas que enfrenta dificuldades por ser negro, desempregado, pobre e com uma família grande.
O filme Intocáveis, então, trabalha com as dualidades: branco e negro. Rico e pobre. Saúde e doença.
Podemos prever uma série de coisas e talvez por isso o filme tenha recebido duras críticas dos especialistas na sétima arte. No entanto, penso que Intocáveis poderá ser mais do mesmo apenas para aquelas pessoas já mais experientes, já mais vividas. A mensagem que ele proporciona, a provocação que ele faz constantemente deve, ao meu ver, ser repetida sempre e para todas as gerações - principalmente as mais jovens.
Quem disse que todo rico é feliz?
Quem disse que um tetraplégico não tem prazer sexual?
Quem disse que o pobre não sabe viver?
Quem disse que o pobre é triste?
Quem disse que pobre e rico nada tem em comum?
Com essas poucas perguntas já se faz um filme importante. E quando digo importante não falo da inteligência dos diálogos, dos enquadramentos, fotografia e tantos outros aspectos técnicos. Falo, sim, do saber viver. Do toque. Do olhar. Do gargalhar. Do enfrentar as adversidades por mais duras que possam ser, e sem rodeios. Do não mascarar a verdade.
Os intocáveis convida a que cada um enfrente a sua humanidade apesar do que ela é, apesar dos limites, apesar das dores. Tá doendo? Não pode se movimentar?
E..... o que você pode fazer a partir disso?
Recomendo, sim.....mas saiba que verá coisas óbvias,