República de Platão
Quase todas as obras de Platão eram escritas em forma de diálogos. Mas, esses diálogos não apresentam Platão como personagem principal e sim, Sócrates. Através de sua obra, Platão passa muitos dos ensinamentos de seu mestre. Em alguns momentos, dizem os estudiosos, é difícil saber se se trata de um pensamento do próprio Platão ou um pensamento de Sócrates transmitido por Platão.
Na obra em questão, são formados diálogos entre os personagens, que discutem e analisam os mais diversos temas, entre eles a justiça, a sabedoria e outros assuntos relacionados com o papel do filósofo e o olhar que o mesmo necessita desenvolver para compreender e encontrar melhores métodos de ensino.
A partir da exposição de O Mito da Caverna, no livro XII, é como Platão descreve um diálogo entre Sócrates e Glauco, ambos filósofos da época que estão em busca de melhores formas de se integrar um jovem no campo da dialética, analisando as ciências de maior relevância e tendo como ponto de partida a relação entre instrução e ignorância, de onde surgirão os debates voltados à educação.
Partindo do estudo comportamental da natureza humana, o exemplo encontrado em A Alegoria da Caverna é apresentado para o começo das dicussões sobre o assunto por ilustrar a importância da educação do filósofo e discernir os graus do conhecimento entre o da opnião e dos estados da alma.
Neste cenário onde homens viviam acorrentados desde a infância, virados para o fundo da caverna, no escuro e sem muita percepção da luz, com somente um longo vão de entrada da caverna conduzindo luz. Por trás da fileira de prisioneiros, bem em frente a caverna, havia um muro pequeno que caracterizava um caminho pelo qual homens passavam conversando entre si e carregando estátuas de figuras humanas e do cotidiano. Como não podiam virar a cabeça para a realidade fora da caverna, as únicas observações mais reais daqueles que viviam do lado de dentro eram objetos representados através das sombras projetadas