República do Café com Leite Proclamada a república em 1889, seguiu-se o governo de transição do Marechal Floriano Peixoto. Depois vieram governos em sua maioria civis dirigidos por políticos paulistas e mineiros. Por isso, o período que vai da Proclamação da República à Revolução de 1930 foi chamado de “república café com leite”. Os principais acontecimentos que marcaram este período foram: a sustentação da economia centrada no café; a reurbanização e o saneamento do Rio de Janeiro; os surtos econômicos regionais da borracha e do cacau; as novas imigrações de europeus, italianos e japoneses; as revoltas sertanejas de Canudos e do Contestado; a revolta da chibata; a construção de estradas de ferro, usinas hidrelétricas e redes telegráficas; a retomada dos contatos com as populações indígenas; o crescimento industrial: a consolidação do modo de vida urbano; as primeiras greves operárias; as revoltas dos tenentes e a coluna Prestes; a Semana de Arte Moderna; a quebra da bolsa de Nova Iorque e o fim do ciclo do café. O governo do mineiro Afonso Pena se destacou entre todos dessa época por ter sido o mais progressista, incentivando a indústria e a imigração estrangeira. A implantação da rede telegráfica deu ao Brasil seu maior sertanista, o Marechal Rondon, fundador do Serviço de Proteção ao Índio. A revolta de Canudos descobriu Euclides da Cunha, autor de “Os Sertões”, o mais impressionante relato sobre a vida do sertão, o sertanejo e a Guerra de Canudos. A Revolta da Armada revelou o líder negro João Cândido, que mostrou ao país, 20 anos depois de extinta a escravidão, que ainda se usava castigo físico nos navios da Marinha; uma atrocidade que foi extinta a custa de atrocidades maiores feitas pelo governo aos que se insubordinaram contra ela. A Semana de Arte Moderna colocou o brasileiro definitivamente voltado para a sua invenção e seu futuro. Com a quebra do café, o poder político se deslocou do campo para as cidades, da agricultura para a