Republica romana
No plano externo, entre 509 a.C. e 52 a.C., Roma iria conquistar quase todo o mundo conhecido à época. De fato, as sucessivas conquistas provocaram grandes transformações sociais, econômicas, políticas e culturais.
Dominada a península Itálica, Roma empreendeu as guerras contra Cartago, as chamadas Guerras Púnicas (os cartagineses eram chamados de poeni (fenícios - Cartago era uma cidade fenícia no norte da África) pelos romanos). Eliminada a rival, Roma abriu caminho para a dominação do Mediterrâneo ocidental (Península Ibérica, Gália) e Mediterrâneo oriental (Macedônia, Grécia, Ásia Menor). O mar Mediterrâneo foi inteiramente controlado pelos romanos, que o chamavam de “Mare Nostrum” (nosso mar).
A grande questão interna na época da República era a desigualdade de direitos entre patrícios e plebeus, que provocou uma série de lutas sociais em Roma que duraram cerca de dois séculos. Houve um aumento da mão de obra escrava, com os prisioneiros de guerra. Uma nova camada social de cavaleiros surgiu, conhecida como “Homens Novos”, que vinham da classe dos plebeus e enriqueceram com os saques dos territórios conquistados, com o comércio e a cobrança de impostos.
Obrigados a servir no exército romano, porém, muitos plebeus regressavam à sua terra natal tão empobrecidos que, para sobreviver, eram forçados a vender quase tudo o que possuíam, inclusive suas pequenas propriedades agrícolas. Estas acabavam por formar grandes latifúndios nas mãos dos nobres, e os plebeus, por sua vez, emigravam para os subúrbios das grandes cidades, onde engrossavam a massa de desocupados pobres