Guerra dos 100 anos

A GUERRA DOS 100 ANOS (1337 – 1453)
Foi um conflito que teve como protagonistas ingleses e franceses. Resulta da questão sucessória ao trono de França, com as mortes sucessivas de Filipe IV, o Belo (1314), Luís X (1316) e seu filho póstumo, João I [+ Joana II de Navarra] (1316), Filipe V (1322) e Carlos IV (1328) [fim dos Capetos], filhos de Filipe IV. Restava Isabel, casada com o rei de Inglaterra, Eduardo II, de cuja união nascera Eduardo III (1312). Este, Filipe de Evreux (Afonso) e Filipe de Valois (Carlos), netos de Filipe III eram, devido à lei sálica os candidatos ao trono, com a predominância de legitimidade de Eduardo III, visto ser neto de Filipe IV. Porém Filipe de Valois tinha a seu favor o ser natural do reino, do prestígio de seu pai e o facto de ser um homem feito (35 anos). Foi portanto proclamado rei pelos barões (Filipe VI de Valois 1328/50). De início Eduardo III aceitou a legitimidade do monarca e presta-lhe ainda vassalagem pelos territórios que possuía em solo franco (Batalha de Hastings, 1066), Aquitânia (casamento de Henrique II com Leonor) e Bretanha.
Não eram porém só as questões de origem feudal e centralizadoras do reino francês a potenciar este conflito. As questões económicas também favoreceram a isso. A França pretendia lançar-se no comércio atlântico e os portos daquelas zonas e da Flandres eram fundamentais e que a Inglaterra procurava contrariar (Lã/tecidos da Flandres e vinho da Aquitânia) (Valdeón Baruque)
FLANDRES Luís de Nevers (franceses) afirma-se na batalha de Cassel (1328) com forte oposição dos locais que eram apoiados por Eduardo III. Este proíbe a exportação de lã para a Flandres (1336) e convida os artesãos têxteis a irem para Inglaterra concedendo-lhes privilégios. Já em 1333/4 Eduardo III começa a criar uma rede de apoios ou de neutralidade (Castela, Afonso XI)
ESCÓCIA Em 1329 Eduardo III tenta impor Eduardo de Baliol contra David, filho de Ricardo I. ⎝ Apoio de Filipe VI.
ARTOIS Roberto aspirava ao condado e